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O smart contract e o seu funcionamento
05/04/2023
Ao longo dos últimos anos, a economia vem sendo transformada a partir das inovações no setor tecnológico, gerando novos produtos e instituições. Conforme o desenvolvimento da Internet e das tecnologias Web 3.0, foram abertas novas vias de comunicação entre o público, as instituições, tanto bancárias como financeiras, e o Estado. De maneira geral, dentro desses novos instrumentos, alguns assuntos ganham relevância, como os tokens, o blockchain, a tokenização, as Finanças Descentralizadas (DeFi) e os smarts contracts.
O último tópico será tratado com mais detalhes por conta do seu caráter “intermediário” entre token e investidor. Brevemente, os smarts contracts são informações protocoladas que estão inseridos dentro de um token, determinando a aplicação das ações auto-executáveis no momento da transação. Isto é, são contratos com as cláusulas aplicadas por um código inserido no token. Essa aplicação ocorre de maneira simples onde, por exemplo, no momento da venda, o possuidor recebe uma quantia x de dinheiro, a ser descontada da conta do comprador.
Na prática, para que eles possam ser efetivados, é preciso que a transação seja reconhecida por todos os envolvidos que atuem dentro do mercado específico da transação, tendo como local de registro uma plataforma de blockchain. O blockchain é uma tecnologia que permite a criação de um registro compartilhado, imutável e seguro. Nesse caso, ele é o ambiente onde os smart contracts são registrados, podendo ser exemplificado como um cartório no qual duas pessoas estão para realizar um registro de compra e venda, ou seja, o cartório funciona como o blockchain, sendo o meio para confirmar a ocorrência da transação.
Com isso, os smarts contracts fornecem maior rapidez e segurança na finalização de um acordo, além de prover mais autonomia para as partes. Como exemplo de utilização dos smart contracts na prática, tem-se os ativos digitais, como as criptomoedas. Ao comprar ou trocar uma criptomoeda, o token utilizado para operacionalizar a transação carrega um smart contract que determinará como ocorrerá a operação de troca de um ativo por outro. Logo, essa nova tecnologia mostra grande potencial para os investidores ao automatizar o processo sem precisar envolver terceiros como é feito na forma tradicional.
Por Ana Callegaro e Pedro Guedes
Com informações de: Exame
Imagem: iStock
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