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ESG: como o tema é visto pelo Brasil e o mundo
16/06/2023
Conforme tem-se observado nas conferências mundiais e nos acordos firmados, por exemplo, cada vez mais o tema acerca da agenda do desenvolvimento sustentável vem ganhando força. Essa agenda está diretamente relacionada com a busca de soluções para grandes desafios, colocando maior relevância para temas como a igualdade, mudança climática e esgotamento de recursos naturais.
Tais assuntos ganham predominância em debates internacionais onde, é visto que, países pioneiros na industrialização e também responsáveis por gerar grandes quantidades de lixo e ainda emitirem muitos gases de efeito estufa (GEE), estão correndo atrás para conquistar a transformação sustentável. Por outro lado, países em desenvolvimento, como o Brasil, têm-se mostrado terrenos férteis para investir em práticas mais ligadas à sustentabilidade, ao clima, e governança corporativa.
Esse tema tem sido muito praticado pelo setor privado que, ao notar o crescimento de metas e transformações ligadas a esses assuntos, as próprias empresas e organizações notam a necessidade de alinhamento às boas práticas sustentáveis para garantir a prosperidade dos negócios. Isso pode ser observado através da própria preferência dos investidores por formar portfólios de investimento com empresas que têm uma estratégia mais sustentável.
Diante de um cenário global, o Acordo de Paris de 2015 colocou a pauta de economia de baixo carbono como objetivo primordial aos países, especialmente os mais desenvolvidos, que já se mobilizaram para garantir formas de promover a descarbonização das suas matrizes energéticas e atividades produtivas. Na Europa, em 2019, foi anunciado o European Green Deal ou Pacto Ecológico Europeu, que abrangeu iniciativas políticas para tornar o continente neutro para o clima até 2050.
Já nos Estados Unidos, durante o governo Trump (2017-2021) o país presenciou um negacionismo climático, mas, a partir de 2021, a nova gestão do presidente Biden, indicou a retomada nas políticas voltadas para o ESG e a urgência em práticas contra as mudanças climáticas. A primeira medida do novo governo norte-americano foi levar o país de volta ao Acordo de Paris, incluindo o compromisso de descarbonizar seu setor energético até 2050.
No Brasil, as empresas e investidores ainda estão nos primeiros passos da jornada ESG, mostrando que os investidores locais estão cada vez mais interessados em aportar nas empresas que incorporam ações alinhadas à ESG em suas cadeias produtivas. Para incentivar a adoção de projetos de ESG no Brasil, no entanto, é fundamental que haja um maior engajamento do mercado financeiro como um todo. O papel dos atores é relevante no sentido de balizar as melhores práticas, indicando quais são os anseios e tendências que devem receber investimentos.
Embora seja uma questão urgente e atual, da qual depende o futuro não só das empresas, mas do planeta, a materialização do ESG ainda está em fase de amadurecimento no Brasil. Em um mercado global, com cada vez mais legislações restritivas em vigor, gestores de empresas e de investimentos precisarão se adaptar e se manter a par dos requisitos ESG à medida em que a transformação sustentável se torna uma realidade.
Por Ana Carolina Callegaro
Com informações de: Ambipar
Imagem: Getty Images
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