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O Mercado de Ouro e seu funcionamento
27/03/2023
O ouro é um metal precioso que, mesmo após séculos da descoberta da sua relevância, permanece sendo usado como reserva de valor, se mostrando protagonista na economia mundial. Os aspectos mais importantes dessa commodity se baseiam na sua escassez e presença física, sendo considerado menos suscetível a oscilações na conjuntura global do mercado financeiro. Sendo assim, o ouro em tempos de crises se valoriza, ficando conhecido no mercado como um dos ativos mais valorosos em tempos de instabilidades políticas como durante a guerra entre Rússia e Ucrânia e a pandemia do Covid-19.
A partir disso, ele se encontra presente tanto no mercado tradicional como no digital. Em relação ao mercado tradicional, o investidor possui duas opções atreladas ao ouro referentes a dois grupos de produtos. O primeiro é a compra de títulos que são atrelados ao valor de cotação.
Como exemplo, temos os títulos de contrato futuro, negociados em bolsas de valores, os fundos de investimento em ouro e as ações de mineradoras. No caso dos contratos futuros, a rentabilidade está ligada às variações única e exclusivamente do preço da grama do ouro gerando um título que pode ser resgatado em dinheiro ou no metal. Nos fundos de investimento e nas ações, o investidor só realiza o saque dos valores em moeda fiduciária. Além disso, é possível comprar o ouro físico.
Logo, dentro desse mercado, temos os papéis atrelados ao valor da grama do ouro, os ETFs que são fundos negociados em bolsa que oferecem exposição ao ouro sem a necessidade de comprar, armazenar e vender diretamente o metal precioso, e a compra física do ouro.
Por fim, dentro do mercado digital, temos os stablecoins. Eles se caracterizam por serem emitidos à parte do Estado, com possibilidade de transferência de titularidade e com o registro sendo registrado em blockchain,procurando manter seu valor o mais estável possível ao se atrelar a um ativo existente ou a uma programação computacional. Os que estão atrelados a ativos existentes no mundo físico, são divididos em dois grupos: os ligados a uma moeda fiduciária, como o e-money, e os que se relacionam com um produto, como as commodities.
No caso do segundo grupo de stablecoins, o mercado de ouro se mostra importante especialmente pelo seu caráter de solidez frente a estabilidades. Os maiores exemplos de stablecoins relacionadas ao ouro são: a Pax Gold (PAXG) e a Theter Gold (XAUT), ambas com lastro em ouro e que possibilitam a compra de quantidades de ouro por meio da criptomoeda.
Entretanto, ambas as stablecoins citadas não possuem a posse do ouro per si, dependendo da compra de ouro frente a terceiros para compor o saldo na wallet do cliente. Em períodos de extrema volatividade, isso pode trazer maior custo e insegurança para os clientes. Isso ocorre pois o esforço de compra do ouro pela responsável da stablecoin pode resultar na compra mais cara que o esperado ou em casos extremos, na impossibilidade de aquisição do ouro, causando prejuízo ao investidor.
Por Ana Callegaro
Com informações de : B3, Istoé Dinheiro.
Imagem: shutterstock
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